A importância da unidade na formação de uma igreja que ira conquistar o mundo para Cristo. (João 17. 1-26)

A importância da unidade na formação de uma igreja que ira conquistar o mundo para Cristo.  (João 17. 1-26)

João 17. 1-26 oração de jesus
TEMA:  A importância da unidade na formação de uma igreja que ira conquistar o mundo para Cristo.

Esta é a oração mais magnífica feita aqui na terra e registrada em todas as Escrituras. Que privilégio enorme ouvir Deus, o Filho conversar com Deus, o Pai. Aqui entramos no santos dos santos. Aqui nos curvamos para auscultar os mais profundos desejos do Filho de Deus antes de caminhar para a cruz.

1.A circunstância desta oração

Jesus acabara de pregar um sermão falando do Pai aos discípulos. Agora, ele fala dos discípulos para o Pai. No ministério de Cristo, pregação e oração sempre andaram juntos. Aqueles que pregam devem também orar. Aqueles que falam de Deus para os homens, devem falar dos homens para Deus. Somente têm poder para falar aos homens aqueles que têm intimidade com Deus.

Esta oração deixa claro que Jesus foi e é o Vencedor. Ele termina o capítulo 16 encorajando seus discípulos, dizendo-lhes: “Tende bom ânimo; eu venci o mundo”.

2.O conteúdo desta oração

Jesus fez três súplicas distintas nesta oração:

a)Ele orou por si mesmo e diz ao Pai que concluiu sua obra aqui na terra (17.1-5);

b)Ele orou por seus discípulos, pedindo ao Pai que os guarde e santifique (17.6-19);

c)Ele orou por sua igreja, para que possamos ser unidos nele e para que, um dia, participemos de sua glória (17.20-26).

3.O contexto imediato desta oração

Jesus estava no prelúdio do seu sofrimento. Ele estava no cenáculo com seus discípulos. Ele já havia instituído a ceia e partido o pão. Ele já havia alertado que Judas o trairia e que os demais se dispersariam. Ele já estava mergulhando nas sombras daquela noite fatídica, onde seria preso e condenado à morte.

4.A ênfase desta oração

William McDonald, citando Marcus Rainsford fala sobre a ênfase da oração de Jesus. Jesus não disse nenhuma palavra contra seus discípulos nem fez qualquer referência à queda ou fracasso deles. Jesus foca sua oração no eterno propósito do Pai na vida dos seus discípulos e na sua relação com eles. Todas as petições de Jesus nesta oração são por bênçãos espirituais e celestiais. O Senhor não pede riquezas e honra, nem mesmo influência política no mundo para seus discípulos. O pedido de Jesus concentra-se em pedir ao Pai que os guarde do mal, que os separe do mundo, os qualifique para a missão e os traga salvos para o céu. A prosperidade da alma é a melhor prosperidade.

Podemos sintetizar a petição de Jesus em quatro áreas: salvação, segurança, santidade e unidade.

 

Vamos focar na unidade.

Mas como a bíblia define a VERDADEIRA UNIDADE ???

Em João 17.20-23 nos diz: “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que me enviaste e os amastes, como também amaste a mim”

O conceito divino neste trecho da bíblia do que realmente seja a verdadeira UNIDADE, é único e não tem paralelo na cultura humana!

É uma unidade perfeita e única entre o Pai e o Filho, ou seja, é a própria unidade da divindade. Esta unidade é tão excepcional que se torna por si mesma o próprio testemunho do Evangelho do Reino, Mt 24.14, evidenciando ao mundo a contemplar, que verdadeiramente o Filho foi enviado e amado pelo Pai, que agora ama a todos em Sua Igreja!

A expressão da vida no Corpo de Cristo Jesus é o AMOR, e a genuína UNIDADE se expressa pelo amor ÁGAPE entre todos os irmãos, conf:

João 13.35: Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros. Colossenses 3.14:

E sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.

2 Tessalonicenses: 1.3: Porque a vossa fé cresce muitíssimo e o amor de cada um de vós aumenta de uns para os outros,

Hebreus 6.10: Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra, e do trabalho do amor que para com seu nome mostrastes, enquanto serviste aos santos e ainda; servis.

1 Pedro 4.8: Mas sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados.

1 João 3.16: Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.

1 João 4.12: Ninguém jamais viu a Deus; se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o Seu amor.

Mais sobre a unidade que se refere na oração de Jesus no Livro de João capitulo 17:21-26

  1. UNIDADE (17.21-26)

    Quão doloroso tem sido o fato de que divisões, contendas e desavenças na igreja têm provocado escândalos diante do mundo e enfraquecido a igreja de Cristo. Não raro, muitos cristãos têm empregado suas energias contendendo uns contra os outros, em vez de lutar contra o pecado e o diabo.

    A unidade de que Jesus está falando não é externa. Não é unidade de organização nem unidade denominacional. Também Jesus não está falando de ecumenismo. A ideia de unir todas as religiões, afirmando que doutrina divide, mas o amor une é uma falácia. Não há unidade fora da verdade (Ef 4.1-6).

A unidade da igreja é: sobrenatural, tangível e evangelizadora.

Os discípulos mostraram um espírito de egoísmo, competitividade e desunião. Thomas Brooks, escreveu: “A discórdia e a divisão não condizem com cristão algum. Não causa espanto os lobos importunarem as ovelhas, mas uma ovelha afligir outra é contrário à natureza e abominável”.

Quais são as razões para a igreja buscar a unidade?

1. Porque Jesus pediu isso ao Pai – v. 11,20,21,22

Jesus só tem uma igreja, um rebanho, uma noiva. A unidade da igreja é o desejo expresso de Jesus, o alvo da sua oração, a expressa vontade do Pai.

2. Por causa da nossa origem espiritual – v. 21

Se nós somos filhos de Deus e membros da sua família não podemos viver em desunião. Não há desarmonia entre o Pai e o Filho. Nunca houve tensão nem conflito entre a vontade do Pai e do Filho. Se nós nascemos de Deus, se nós nascemos do Espírito, se nós somos co-participantes da natureza divina. Se Jesus é o nosso Senhor, então, não podemos viver brigando uns com os outros. Não estamos disputando uns com os outros. Somos irmãos, filhos do mesmo Pai. Nossa origem espiritual nos compele imperativamente a buscar a unidade e não a desunião (Fp 2.1,2).

3. Por causa da nossa missão no mundo – v. 21,23

O mundo perdido não é capaz de ver Deus, mas pode ver os cristãos. Se enxergar amor e harmonia, crerá que Deus é amor. Se enxergar ódio e divisão, rejeitará a mensagem do evangelho. As igrejas que competem entre si não podem evangelizar o mundo. A unidade da igreja é a apologética final segundo Francis Schaeffer. O maior testemunho da igreja é a comunhão entre seus irmãos, é o amor que com se amam. Jesus disse que a prova definitiva do discipulado é o amor (Jo 13.34,3).

Não há evangelização eficaz sem a unidade da igreja. Não temos autoridade para pregar ao mundo para se arrepender ser estamos travando batalhas internas dentro da igreja. Alguns cristãos em lugar de serem testemunhas fiéis são advogados de acusação e juízes e, com isso, afastam os pecadores do Salvador.

Jesus falou sobre três níveis do amor: o amor ao próximo, o amor sacrificial e o amor da trindade. É esse amor trinitariano que ele pede que haja entre os crentes. Ilustração: o purê de batatas.

4. Por causa do nosso destino eterno – v. 24-26

Jesus pede ao Pai para que seus discípulos vejam sua glória e estejam no céu com ele. Se vamos estar no céu, se vamos morar juntos por toda a eternidade, como podemos afirmar que não podemos conviver uns com os outros aqui? Precisamos aprender a viver como família de Deus desde já, pois vamos passar juntos toda a eternidade.

 


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